Uma mulher foi esfaqueada em plena luz do dia em um estacionamento na Rua Lysimaco Ferreira da Costa, no Centro Cìvico, na frente do Tribunal do Júri, em Curitiba. O autor foi ex-marido. A vítima, 40 anos, tinha conseguido uma medida protetiva contra ele um dia antes. O suspeito armou uma emboscada para a mulher na saída do trabalho dela.
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A mulher esfaqueada foi salva graças à ação rápida de policiais da Batalhão de Polícia de Rondas Ostensivas de Natureza Especial (RONE), que estavam próximo ao local do crime. “Recebemos a chamada e quando chegamos avistamos uma senhora ensanguenta com dois ferimentos profundos de arma branca, um nas costas e um na barriga. Um dos policiais usou um selo de tórax (também conhecido como curativo oclusivo para primeiros socorros) para estancar a hemorragia. Isso foi essencial para salvar a vida da mulher até a chegada da ambulância”, disse o sargento Rone. “Nós temos treinamento para isso”.
O suspeito fugiu do local. “Estamos com toda a equipe em busca do foragido”.
A mulher foi encaminhada para o Hospital Cajuru em estado grave, mas estável.
Mulher esfaqueada: feminicídios s525b
Desde a aprovação da lei que criou o crime de feminicídio, há dez anos, o Paraná registrou mais de 600 vítimas. É o que mostram dados do Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), atualizado até janeiro deste ano. E as informações do Ministério da Justiça e Segurança Pública ainda apontam uma tendência de alta nos registros, com o estado tendo registrado um recorde histórico em 2024, a exemplo do que ocorreu nacionalmente.
De acordo com os dados oficiais, entre 2015 e janeiro de 2025 foram registrados 11.882 feminicídios em todo o país, com uma média de três ocorrências por dia dia. O ano com mais registros no Brasil foi justamente o ado (2024), com 1.458 ocorrências, dez a mais que no ano anterior. E neste ano, só no primeiro mês, 105 assassinatos de mulheres já foram notificados.
Considerando-se toda a série histórica, o Paraná é o º estado com mais registros. São 620 feminicídios em dez anos, número inferior apenas aos registrados por São Paulo (1.556), Minas Gerais (1.513), Rio Grande do Sul (950), Bahia (794) e Rio de Janeiro (720).