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Câmara de Curitiba. Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

A Corregedoria da Câmara Municipal de Curitiba (CMC) abriu cinco novas sindicâncias nos últimos sete dias e agora já são 14 investigações abertas neste ano para apurar o comportamento dos vereadores. Segundo informou a Comunicação da Câmara, metade dessa sindicâncias já foi arquivada pelo corregedor Sidnei Toaldo (PRD), que chegou a pedir, em abril, a criação de um protocolo contra o sensacionalismo na CMC. As outras seguem sob análise. Toaldo tem prazo de 30 dias, após a formalização das sindicâncias, para apresentar a conclusão das suas investigações.

A Câmara de Curitiba informou que no dia 28 de maio, a Corregedoria publicou uma portaria abrindo duas sindicâncias. Na 10/2025, Giorgia Prates – Mandata Preta (PT) acusa Eder Borges (PL) de ter se beneficiado da força de trabalho da advogada Andreia Maciel, enquanto ela era comissionada do Instituto Municipal de Turismo (IMT), desdobrando a notícia publicada pelo The Intercept Brasil em uma nova denúncia. A sindicância 11/2025, aberta por representantes do Fórum Paranaense das Religiões de Matriz Africana, contra Eder Borges, alega que as referências do vereador à Ku Klux Klan, durante debate na CMC, promoveram “racismo estrutural” e “distorção histórica grave”.

Outras três sindicâncias foram abertas pela Corregedoria da Câmara de Curitiba no dia 2 de junho. A de número 12/2025 é resultado de denúncia assinada por Willian Pedroso da Rocha, Luiz Felipe Martins França, Eduardo Kreutz Carvalho, André Matias Demenjeon Tesser e Gustavo Gonçalves da Rocha, acusando João Bettega (União) de ter omitido das autoridades a informação que o ex-presidente do Instituto Municipal de Turismo, José Velloso, não cumpria os requisitos para a nomeação no cargo.

A sindicância 13/2025 reitera os argumentos da 9/2025, também embasada na notícia do The Intercept Brasil, que Eder Borges teria cometido nepotismo se for comprovado que Victoria Lauren Maciel de Almeida, filha de Andreia Maciel, era sua enteada quando foi nomeada para trabalhar como comissionada em seu mandato parlamentar. Por último, há a sindicância 14/2025, investigando fato atribuído ao mandato da vereadora Sargento Tânia Guerreiro (Pode), cujo denunciante e teor não foram divulgados pela Corregedoria.

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