
Hoje (4) de manhã o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou a prisão preventiva da deputada Carla Zambelli, do PL, que anunciou ontem que está fora do país. A deputada foi condenada recentemente à prisão e aguardava em liberdade o julgamento de recursos, que provavelmente não iria ganhar. Fugiu, falou a partir dos Estados Unidos e deu declarações de que vai para a Itália, de onde acha que não será extraditada porque tem cidadania italiana.
Só que já existe um precedente que mostra que não é bem assim. Em 2014, a Itália já devolveu ao Brasil Henrique Pizzolato, petista paranaense incriminado no escândalo do Mensalão. Ter a cidadania italiana, disse o Ministério Público da Itália, “não é uma condição suficiente” para impedir extradição se o processo tiver ocorrido de forma correta.
Carla Zambelli, assim como Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos, diz que sofre perseguição política. Ela foi condenada por ter invadido o sistema do Conselho Nacional de Justiça. Ela contratou um hacker para inserir um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes, assinado por ele mesmo.
Se o nome dela entrar logo na lista da Interpol, dificilmente ela escapará de ser presa. E se o Bolsonaro já achava que ela tinha atrapalhado sua eleição em 2022, quando ela saiu rua afora de arma em punho apontada contra uma pessoa, talvez não esteja nada contente agora, pois de novo os holofotes estão voltados para uma importante aliada sua. Fugir é mesmo uma boa estratégia?
Leia também: Vereador Petruzziello rechaça denúncia de delator: “Estou indignado e revoltado”