
Na quarta-feira (21) Araucária viu uma das maiores mobilizações dos servidores municipais e do magistério municipal, em um dia de paralisação durante a negociação da data-base dos servidores. Centenas de trabalhadores foram às ruas pressionar a Prefeitura por um acordo. 2j6x5q
No final, a proposta oficial acabou sendo aceita, mas com a ressalva de serem mantidas negociações diante de outras pautas das categorias, como as perdas históricas nos últimos anos.
“Neste dia, o magistério fez uma das maiores paralisações da história de Araucária, com grande adesão das Unidades Educacionais. A mobilização contou com a participação de mais de 1 mil servidores que fizeram um dia intenso de luta por valorização e respeito, com uma marcha histórica pelas ruas no entorno da Prefeitura”, diz material no site do Sindicato dos Servidores do Magistério Municipal de Araucária (Sismmar).
“A pressão fez com que o governo municipal avançasse na proposta de índice de reajuste salarial, que era de apenas 5,32% e, após a paralisação, ou para 6% a partir de junho e mais 1,5% a ser pago a partir do mês de setembro, totalizando 7,59% de reajuste para todos os servidores. Importante frisar que, no caso da Educação Infantil, o reajuste será implementado no piso”, segue o mesmo texto do Sismmar.
“A forte mobilização dos professores, ainda, arrancou um comprometimento por parte do governo com relação à dívida histórica com o funcionalismo. Antes da paralisação a Prefeitura não tinha proposta alguma para a dívida, mas após a pressão nas ruas a gestão Gustavo (PL) se comprometeu em zerar essa dívida até o fim de seu mandato e o magistério vai cobrar”.
A assembleia ocorreu no período da tarde e a maioria dos professores aprovou o índice de reajuste salarial e do auxílio-alimentação proposto pela Prefeitura, mas com ressalvas e a aprovação de uma nova paralisação em agosto, quando os servidores vão debater com o governo a Lei do Orçamento Anual (LOA) para o pagamento da dívida.
Também foi aprovado que o magistério está em Estado de Greve e seguirá mobilizado nos locais de trabalho contra qualquer possibilidade de retrocesso.
Com relação à equiparação salarial, uma nova mesa de negociação com a istração foi marcada para o dia 04 de junho. Em assembleia, os professores aprovaram que haja uma paralisação nesse dia a fim de pressionar o governo a fazer a equiparação salarial e também regulamentar a substituição.
Outro avanço foi com relação ao Projeto de Lei da hora-atividade em regime de Teletrabalho. O governo afirmou que a minuta do PL voltou à Procuradoria Geral do Município (PGM) atendendo à reivindicação do sindicato de retirar o inciso que previa o direito apenas aos professores que não apresentassem atestados médicos e tivessem pontualidade e assiduidade. Conforme a promessa, esse PL deve ser encaminhado em breve para tramitar na Câmara Municipal.
Sobre a alteração do Decreto 41.019/2024, que trata do Departamento de Saúde Ocupacional (DSO), a contratação de professores e as condições de trabalho nas unidades, embora tenham sido pautados nas negociações da data-base, ainda não houve garantia de avanços e continuam sendo pautas da luta!
Projetos de lei dos reajustes
O SISMMAR pressionou para que a Prefeitura não ficasse apenas na promessa e só saiu da mesa de negociação com as minutas dos Projetos de Lei em mãos, nos quais estão as garantias de que o governo irá pagar o reajuste salarial de 6% e o aumento de R$ 200 no auxílio-alimentação em junho, e 1,5% em setembro (relativo à dívida acumulada desde 2020).