Nos hospitais estaduais do Paraná, o cuidado com os pacientes vai além dos procedimentos médicos. Iniciativas como apresentações musicais, visitas de palhaços, ações como o Dia do Bicho e o guarda-roupa solidário são parte dos programas de humanização e voluntariado que buscam melhorar o bem-estar e a experiência de quem a pelas unidades de saúde. As ações também incluem escuta ativa, acolhimento aos acompanhantes e apoio emocional desde a entrada no hospital até o pós-alta.
O Dia do Irmãozinho é uma dessas ações, implantado desde 2023 nos hospitais Infantil Waldemar Monastier (HIWM), em Campo Largo, na Região Metropolitana de Curitiba, e no Hospital Regional do Norte Pioneiro, em Santo Antônio da Platina, (HRNP). O projeto visa possibilitar a participação do irmão no processo de internação do paciente em cuidados intensivos, principalmente na área neonatal.
As visitas vêm proporcionando encontros emocionantes entre os bebês recém-nascidos internados na UTI neonatal ou crianças internadas nas enfermarias ou UTI pediátrica da unidade e seus irmãos. Para a visita, a criança a por uma avaliação e é acompanhada por um assistente social e um psicólogo, que autoriza a entrada mediante o acompanhamento dos pais ou responsável. As vacinas também devem estar em dia.
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No Hospital Regional do Litoral, em Paranaguá, uma vez por semana, um profissional da área de cuidados pessoais realiza sessões de “barba e cabelo” para pacientes que am pela unidade. A ação envolve, em sua maioria, voluntários.
Além disso, a instituição arrecada roupas na comunidade, que são previamente lavadas e adas, e depois armazenadas em um guarda-roupa. As peças ficam disponível para pacientes em situação de vulnerabilidade social, como moradores de rua. Na alta hospitalar eles recebem roupas higienizadas, bem cuidadas, saindo da internação com dignidade e respeito.
Há ainda o Projeto Gratidão, pelo qual voluntárias confeccionam pequenos “polvos” de crochê, que são utilizados para os bebês da UTI neonatal, em incubadoras. Os bebês manuseiam os tentáculos do polvo, que lembram cordão umbilical. Isso os acalma e conforta.
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No Hospital Zona Norte de Londrina (Norte do Paraná), um dos principais projetos de humanização é o dia dedicado à interação entre o paciente e o animal. Alunos do curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Filadélfia (UniFil), também de Londrina, promovem visitas com cães às enfermarias hospitalares como parte de uma iniciativa de apoio terapêutico.
A atividade tem como objetivo proporcionar bem-estar emocional aos pacientes internados. Segundo os profissionais envolvidos, o contato com os animais favorece a redução da ansiedade, promove relaxamento, melhora o humor e contribui para um ambiente hospitalar mais acolhedor.
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No Hospital Regional de Ivaiporã, pacientes internados participam do projeto “eio Terapêutico” para a prevenção do Delirium – termo médico que se refere a um estado de confusão mental aguda e transitória. O eio também contribui com o bem-estar físico e psicológico dos pacientes.
Devido ao perfil assistencial do Hospital Dermatológico, situado em Piraquara, na RMC, muitas pessoas dependem de transporte sanitário e acabam chegando antes do horário do atendimento. Diante da disso, a unidade estruturou uma sala de apoio aos pacientes. O local conta com mesas e cadeiras para pequenas refeições, poltronas, chá, água, televisão e uma pequena biblioteca.
O espaço tem ainda um “guarda-roupas solidário” em que o paciente que precisar pode retirar peças de graça. O abastecimento do guarda-roupas solidário é realizado pelos profissionais da unidade e istrado pela comissão de humanização do HDSPR.
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O projeto Divulgação, Amor, Respeito e Paz (DARP) é uma das ações desenvolvidas pelo Hospital Regional de Telêmaco Borba, em parceria com a igreja Congregação Cristã do Brasil e acontece todo último sábado do mês.
A iniciativa visa oferecer um ambiente mais acolhedor e humanizado a pacientes e profissionais de saúde, através da execução de música instrumental suave. A metodologia do Projeto DARP consiste em apresentações musicais itinerantes por setores como a enfermaria e a UTI Neonatal, onde a melodia dos instrumentos atua como um elemento diferenciador na rotina hospitalar.
O objetivo central é proporcionar momentos de serenidade e bem-estar, contribuindo significativamente para a humanização do tratamento e do espaço, tanto para aqueles que recebem os cuidados quanto para as equipes que os oferecem.
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Já a programação de acolhimento e entretenimento no Hospital Zona Sul Londrina inclui apresentações de grupos de palhaços e musicais, levando alegria e descontração para pacientes e funcionários. Também há atividades religiosas, com missas e cultos realizados regularmente na Capela Ecumênica do hospital. A equipe multidisciplinar organiza reuniões semanais com acompanhantes, fortalecendo a comunicação e o cuidado integral.
A cultura do elogio também faz parte do dia a dia do HZS. Todas as manifestações positivas em relação aos atendimentos são valorizadas e expostas em um mural de elogios temático com os depoimentos dos pacientes atendidos. Mensalmente são aplicadas mais de 235 pesquisas de satisfação com os pacientes que estão em atendimento.
No Hospital do Complexo do Trabalhador, o Comitê de Humanização, formado por 10 profissionais, desenvolve durante o ano diversas ações, com foco na promoção da saúde, bem-estar e conscientização dos colaboradores e da comunidade.
As atividades envolvem palestras, distribuição de materiais, doação de enxovais de bebês, conscientização em datas alusivas como o Outubro Rosa (de prevenção ao câncer de mama), Novembro Azul (da saúde integral do homem) e Janeiro Branco (de conscientização da saúde mental e emocional), além de outras atividades que colaborem para o fortalecimento do cuidado integral e humanizado do ambiente hospitalar.