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Contagem da população revela o número de pessoas com deficiência no Paraná (Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil)

O Paraná reúne mais de 715 mil pessoas que apresentam algum tipo de deficiência, o que significa que 6,4% das 11,18 milhões dos paranaenses com dois anos ou mais de idade são pessoas com deficiência (PCDs). Dentro desse contingente, os idosos com 60 anos ou mais de idade representam a maioria (351 mil pessoas, ou 49,1% do total de PCDs). Além disso, os casos de deficiência também são mais comuns entre mulheres (7% da população feminina) do que entre homens (5,8%). É o que revelam dados preliminares da amostra do Censo 2022, divulgados recentemente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 3i236

Sempre de acordo com os dados oficiais, em todo o Brasil há 14,4 milhões de PCDs, o equivalente a 7,3% da população com 2 anos ou mais de idade. No Paraná, são 715.143 pessoas com deficiência (6,4% da população), sendo 315.495 homens e 399.648 mulheres.

Entre todas as unidades da federação (UFs), o Paraná é o oitavo lugar que mais concentra PCDs em todo o país (em número absoluto), atrás apenas de São Paulo (2.755.978), Minas Gerais (1.472.199), Rio de Janeiro (1.160.784), Bahia (1.093.719), Pernambuco (788.647), Rio Grande do Sul (772.077) e Ceará (766.728). Já em termos proporcionais, a população paranaense com deficiência fica em 22º lugar entre as 27 UFs, num ranking que tem Roraima (com 34.316 PCDs, ou 5,6%) e Alagoas (com 291.546, ou 9,6%) em seus extremos.

Problemas de visão e de locomoção são os mais comuns 5i4i4b

O IBGE investigou na contagem populacional cinco tipos de deficiência. São elas: dificuldade para enxergar; para ouvir; para andar ou subir degraus, para pegar pequenos objetos (como botão ou lápis) ou abrir e fechar tampas de garrafas); e para se comunicar, realizar cuidados pessoais, trabalhar ou estudar por causa de alguma limitação nas funções mentais.

No Paraná, o tipo de deficiência mais comum é a visual (“dificuldade permanente para enxergar, mesmo usando óculos ou lentes de contato”). São 369.861 pessoas nessa condição, o equivalente a 3,3% de toda a população paranaense com 2 anos ou mais de idade.

Na sequência, com 270.817 indivíduos (2,4% dos paranaenses), aparecem as pessoas com dificuldade permanente para andar ou subir degraus, mesmo usando prótese ou outro aparelho de auxílio; aqueles com dificuldade permanente para pegar pequenos objetos ou abrir e fechar tampas de garrafas, mesmo usando aparelho de auxílio (com 138.674 indivíduos, ou 1,2%); as pessoas com dificuldade permanente para ouvir, mesmo usando aparelhos auditivos (138.618, ou 1,2%); e os indivíduos com dificuldade permanente para se comunicar, realizar cuidados pessoais, trabalhar ou estudar por causa de alguma limitação nas funções mentais (136.441, ou 1,2%).

132 mil pessoas diagnosticadas com autismo k3f12

O Censo Demográfico 2022 também identificou 132.604 pessoas com diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA), o que corresponde a 1,2% da população paranaense. Em todo o país, onde há 2,41 milhões de indivíduos diagnosticados com TEA, essa proporção também é de 1,2% da população brasileira.

Ao contrário do que acontece com as pessoas com deficiência, a prevalência de TEA é maior entre homens no Paraná (81.091 ou 1,5% da população masculina). Entre as mulheres, essa proporção é de 0,9% (51.513 indivíduos).

Além disso, entre os grupos etários, a prevalência de diagnóstico de autismo foi maior entre os mais jovens: 2,3% no grupo de 0 e 4 anos de idade, 2,6% entre 5 e 9 anos, 2,0% entre 10 e 14 anos e 1,3% entre 15 e 19 anos. Esses percentuais representam, ao todo, 50.198 de pessoas de 0 a 14 anos com autismo. Nos demais grupos etários, os percentuais oscilaram entre 0,7% e 1%.

Em Curitiba há 94 mil PCDs e quase 25 mil diagnosticados com TEA 6g3c

Em Curitiba, os dados do IBGE revelam que havia, em 2022, 94.181 pessoas com deficiência. Isso equivale a 5,4% da população com 2 anos ou mais de idade. Novamente, os problemas de visão são os mais comuns (20.645, ou 2,8% do contingente), seguido pelos problemas de locomoção (35.198, ou 2,0%). Na sequência vem as deficiências auditivas (20.645, ou 1,2%), as mentais 20.036, ou 1,2%) e as manuais (19.778, ou 1,1%).

Ademais, há também 24.998 pessoas com diagnóstico de transtorno do espectro autista (TEA) na cidade, o equivalente a 1,4% da população curitibana. A exemplo do que ocorre a nível estadual, os grupos mais jovens são os que apresentam maior prevalência de diagnóstico de TEA: 3,1% no grupo de 0 e 4 anos de idade, 3,0% entre 5 e 9 anos, 2,6% entre 10 e 14 anos e 1,6% entre 15 e 19 anos. Esses percentuais representam, ao todo, 8.361 de pessoas de 0 a 14 anos com autismo. Nos demais grupos etários, os percentuais oscilaram entre 0,8% e 1,5%.