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Uma das maiores cachoeiras da Grande Curitiba é a que está no Recanto Salto Boa Vista (Foto: Franklin de Freitas)

Quem gosta de turismo ecológico e curte ar um tempo em contato com a natureza tem na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) um lugar privilegiado. E em Campo Largo, a aproximadamente uma hora da Capital, fica um lugar imperdível para quem curte esse tipo de rolê. Trata-se do Recanto Salto Boa Vista, espaço que conta com uma das maiores (se não a maior) cachoeira da Grande Curitiba e que apresenta ainda um “balanço do infinito” no alto de um morro, o que rende ótimas fotos ao pôr do Sol. 26qi

Para aproveitar o espaço, uma propriedade particular, é cobrada entrada. O ingresso mais barato, para day-use, custa de R$ 35 a R$ 40 por adulto (dependendo se a entrada é adquirida com antecedência, via site, ou na hora). Despendendo um pouco mais, no entanto, é possível ficar no camping ou até aproveitar o Café Rural, que é servido aos sábados e domingos. Já quem não quer acampar, mas ainda deseja ar mais do que um dia no espaço, tem a opção de alugar um charmoso chalé, o Glamping.

As informações completas e os valores podem ser conferidos no site www.saltoboavista.com.br.

Maior cachoeira da região, balança do infinito e Morro do Rosário 2wo3t

No espaço, um dos principais destaques é a cachoeira Salto Boa Vista. Trata-se de uma das maiores quedas d’água de toda a Grande Curitiba, com aproximadamente 38 metros de altura. Outra parada obrigatória são as balanças do infinito, que ficam no alto de um morro e rendem fotos espetaculares na hora do pôr do Sol. De lá de cima é possível ainda ver o início do Vale do Ribeira, a serra de São Luiz do Purunã e os municípios de Ponta Grossa, Piraí e Cerro Azul.

“O povo gosta de vir aqui em cima tomar um cafezinho. Pegam uma cestinha e fazem um piquenique para aproveitar o pôr do sol e fazer umas fotos bem legais. Aqui na frente também temos o morro do Rosário, onde está desenhado um terço. É uma trilha bem curta, dá uns 950 metros de distância. O pessoal sobe orando, porque ali tem todas as dezenas, tudo certinho. O pessoal sobe fazendo orações, agradecendo. Tem bastante gente que vem aqui, faz um pedido e é abençoado. E depois retorna pra fazer o agradecimento e apreciar essa natureza que a gente tem aqui”, afirma Juliano Francisco Lins, colaborador mais antigo do Recanto Salto Boa Vista.

Além das belezas naturais, das trilhas ecológicas (todas bem sinalizadas), dos campings, do chalé e do café rural, aqueles que am o dia no Recanto ainda podem aproveitar de um campo de futebol e outro de vôlei, slackline para adulto e infantil, tirolesa para adulto e infantil e toboágua. Há, ainda, uma petiscaria que funciona aos finais de semana, com lanches e bebidas diversas, e também o restaurante Velha Estância, que funciona numa propriedade próxima ao Recanto e oferece almoço rural.

Visitações começaram em 2018, mas espaço “estourou” mesmo na pandemia 6t6858

De acordo com Juliano, as visitações ao Recanto Salto Boa Vista tiveram início em 2018. A propriedade, que tem hoje aproximadamente 50 alqueires, é uma heranças das famílias Mazon e Gelasko. Para os visitantes, há duas áreas: a de cima (onde fica o balanço do infinito e a trilha para o Morro do Rosário e onde também é servido o Café Rural) e a de baixo (onde está a cachoeira). Nos dois espaços há também campings. Além disso, a propriedade possui apiários, com produção de aproximadamente 12 mil quilos de mel por ano (e quase toda a produção é vendida para a Europa), e na área também é feito o reflorestamento de pinus e eucalipto.

“A gente tá funcionando desde 2018 e de lá pra cá, graças a Deus, só veio a alavancar. A gente começou servindo praticamente de 25 a 30 cafés por dia. Hoje, a gente consegue servir 250 cafés por dia, no final de semana. Para isso, contamos com uma equipe de 50 colaboradores”, relata Juliano. “Quando começamos, não tinha muita área de camping. Mas o pessoal foi vindo, gostou, foi aparecendo mais gente, e começamos a abrir mais áreas. A gente sempre tá inovando. Recentemente inauguramos um chalé experimental, mas a ideia é, no futuro, abrir mais chalés, inclusive utilizando os s que estamos recebendo com esse primeiro chalé para fazer melhorias pros próximos”, emenda ainda ele.

A grande “explosão” do espaço aconteceu a partir da pandemia de Covid-19. Na época, recorda o colaborador, espaços fechados estavam impedidos de funcionar. Muitas pessoas, então, começaram a procurar opções pra lazer ao ar livre, em espaços mais abertos.

“A demanda aumentou porque o pessoal tava sufocado já nas cidades, tipo Curitiba, naquela monotomia de ficar da casa pro serviço, do serviço pra casa. E eles começaram a conhecer o nosso espaço aqui”, explica ainda Juliano.

Acampamento nutella – no bom sentido 5a2123

Todas as áreas de camping contam com luz, água, espaço para colocar a barraca e um espaço para fazer fogo. Além disso, cada camping (tanto nas proximidades do morro quanto da cachoeira) tem uma área de banheiro, com sanitários feminino (com fraldários) e masculino. Os banheiros contam com ducha quente, de 220v, e todas as torneiras são abastecidas com água potável.

Para além dos campings, o Recanto também conta com um charmoso chalé experimental, com uma cama para casal e uma sacara aérea com direito a uma rede suspensa. A ideia, inclusive, é em breve construir mais desses chalés (chamados de Glamping), aplicando nas unidades melhorias que sugeridas pelos clientes que já se hospedaram no espaço experimental.

E se você precisa trabalhar no final de semana, não tem problema. “Também temos internet pro pessoal usar. Porque muita gente quer se conectar com a natureza, mas ainda precisa de conexão boa para trabalhar. Estamos nos informatizando”, comenta Juliano.