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Banco de Alimentos (Foto: Ari Dias/AEN)

O Banco de Alimentos Comida Boa da Central de Abastecimento (Ceasa) de Cascavel, no Oeste do Paraná, foi oficialmente inaugurado nesta quinta-feira (29). A principal novidade é que a cozinha industrial foi modernizada. Com isso, os alimentos que sobram serão processados e congelados para serem entregues à população. 3z1l1l

O investimento da obra foi de R$ 1,2 milhão. O novo Banco de Alimentos de Cascavel atende todos os meses 32 mil pessoas de cerca de 60 entidades assistenciais, como hospitais, escolas e orfanatos. Em média, os permissionários e agricultores do Ceasa de Cascavel doam 40 toneladas de alimentos todos os meses.

O espaço tem 420 metros quadrados, com uma cozinha industrial totalmente equipada para processar alimentos, transformando frutas, legumes e verduras em sopas, caldos e sucos para serem distribuídos para as entidades parceiras. As obras também readequaram o espaço para atender todas as normas sanitárias vigentes e dar mais conforto aos trabalhadores.

A nova estrutura foi equipada com fogão industrial, mesas para separação e esterilização dos alimentos, trituradores, seladoras a vácuo e de potes e freezers. São cinco salas que foram projetadas para que os alimentos em por um fluxo eficiente ao longo do processamento, primeiro pela separação, depois higienização, corte, embalagem e congelamento.

Segurança alimentar 5n6h2q

O Banco de Alimentos Comida Boa é realizado nas cinco unidades da Ceasa no Estado (Curitiba, Londrina, Maringá, Cascavel e Foz do Iguaçu) em parceria com os permissionários que doam alimentos que não são comercializados, mas que estão em boas condições de consumo. O trabalho de processamento destes alimentos é feito por pessoas privadas de liberdade, dentro de um projeto de ressocialização.

Ao todo, 348 entidades estão cadastradas junto ao programa, atendendo mais de 115 mil pessoas. Todos os meses, 591 toneladas de alimentos são reaproveitados e doados a pessoas em situação de vulnerabilidade. Em 2024, foram reados 7,5 mil toneladas de alimentos, o que representou um crescimento de 40% em relação ao volume doado no ano anterior.

O crescimento se deve a uma série de avanços no programa com o objetivo de alcançar o desperdício zero. Um deles foi a destinação de parte dos alimentos para criadouros de animais, que não tem mais condições para a alimentação humana. São 25 toneladas por mês para esta finalidade, atendendo cerca de 4 mil animais resgatados de mais de 200 espécies, muitas delas ameaçadas de extinção.

Além disso, também houve um aumento da eficiência nos processamentos das frutas, legumes e verduras, e uma maior conscientização por parte dos permissionários, que doaram mais alimentos.