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Missionária Atillah Attallah foi agredida na Rua XV, no Centro de Curitiba (Foto: Reprodução/ Instagram)

Uma missionária chamada Atillah Attallah foi alvo de agressões verbais e físicas enquanto realizava uma pregação cristã na rua XV de Novembro, no Centro de Curitiba. O caso de intolerância religiosa veio à tona na semana ada, após um vídeo mostrando a situação ter sido divulgado nas redes sociais. E nesta segunda-feira (12 de maio), a Câmara Municipal de Curitiba (CMC) aprovou uma moção de protesto contra a situação.

Autora da moção, a vereadora Delegada Tathiana Guzella (União) manifestou solidariedade à missionária, que foi agredida quando estava pregando em espaço público, ao lado da família (criança e marido). “Uma pessoa, apenas com roupa íntima, sem calma, sem saia, além de ofendê-la, cuspiu na cara dela. Vemos que a intolerância religiosa é um câncer na nossa sociedade e deve ser combatido”, descreveu a parlamentar.

A moção foi aprovada em votação simbólica e será registrada em ata, com ciência à missionária, conforme solicitado pela Delegada Tathiana no requerimento. “A intolerância religiosa é uma forma de discriminação que não pode ser naturalizada em nenhuma esfera da sociedade”, afirmou, destacando que o caso fere o artigo 5º da Constituição, que garante a liberdade de crença e culto.

Na Câmara de Curitiba, existe a moção de apoio ou desagravo, por meio da qual a CMC demonstra solidariedade, e há a moção de protesto, usada para marcar a contrariedade do Legislativo acerca de um tema, de uma instituição ou de uma pessoa, e que, em plenário é, por hábito, chamada de moção de repúdio (ainda que o termo não conste no Regimento Interno). Em ambos os casos, são apenas proposições legislativas que afirmam o posicionamento do órgão e não podem ser confundidas com ações judiciais de nenhum tipo.