Itaipu celebra nascimento de filhote de espécie que está no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada do Paraná 32333b

Procriação do felino da espécie Leopardus wiedii, no Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), na primeira semana de maio, é importante para o programa de reprodução de espécies ameaçadas da Itaipu 4q1l1y

Redação Bem Paraná com Itaipu
gata maracaja ameacada

Gato-maracajá, espécie ameaçada (Divulgação/Itaipu)

Um filhote de gato-maracajá (Leopardus wiedii), espécie ameaçada, nasceu no início do mês de maio no Refúgio Biológico Bela Vista (RBV), mantido pela Itaipu Binacional em Foz do Iguaçu. O nascimento traz uma nova esperança para a conservação da fauna paranaense.

O pequeno felino macho, batizado de Maracujá, nasceu no dia 9 de maio e representa um importante avanço para o programa de reprodução de espécies ameaçadas da Itaipu. A médica veterinária da Itaipu Binacional, Aline Luiza Konell, que acompanha de perto o desenvolvimento do filhote, destaca a relevância do nascimento.

“Estamos muito felizes com a sua chegada. O gato-maracajá é classificado como ‘em perigo’ no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada do Paraná, conforme estudo do Instituto Água e Terra (IAT) publicado em 2024”, explica Konell. “Cada novo indivíduo nascido sob nossos cuidados é uma vitória para a biodiversidade.”

O filhote é fruto da união de um animal residente no RBV com um gato-maracajá de vida livre, que foi resgatado pelo Parque Ecológico da Klabin (PEK) em Telêmaco Borba (PR) e posteriormente integrado ao programa de conservação da Itaipu. “Essa parceria [com a Klabin] foi de extrema importância,” ressalta Aline Konell.

Quando pensamos em reprodução de espécies, nosso foco não é apenas em número, mas fundamentalmente na qualidade genética. A junção desses dois felinos resultou em um animal com um background genético muito bom, o que significa um filhote potencialmente mais forte, saudável e com maior possibilidade de, futuramente, ser considerado para programas de reintrodução à natureza.”

O gato-maracajá é um felino de hábitos predominantemente arborícolas. “Ele tem uma incrível facilidade para escalar árvores, permanecendo a maior parte do tempo no extrato superior das florestas”, detalha a veterinária. Sua dieta é carnívora, alimentando-se de pequenos animais, como aves, roedores (ratos, camundongos, preás) e gambás.

O filhote está sob cuidados da mãe em um recinto do RBV, onde permanecerá em observação por cerca de seis meses.

Lista de ameaçadas tem 330 espécies 6236l

Em junho no ano ado, O Governo do Estado do Paraná atualizou a Lista de Espécies da Fauna Ameaçada no Estado. O levantamento incluiu 330 espécies, das quais 46 podem ser encontradas no Refúgio Biológico Bela Vista. O gato-maracajá é considerado, nessa lista, “em perigo”, ou seja, risco muito alto de extinção na natureza.

Sobre o Refúgio Biológico Bela Vista (RBV)

O RBV é uma unidade de conservação criada e mantida pela Itaipu Binacional, com uma área de 1.920 hectares na margem brasileira do reservatório. O local desempenha um papel crucial na conservação da flora e fauna regionais, pesquisa científica, educação ambiental e reprodução em cativeiro de espécies ameaçadas, visando à proteção da biodiversidade.

Sobre a Itaipu Binacional

Com 20 unidades geradoras e 14 mil megawatts de potência instalada, a Itaipu Binacional é líder mundial na geração de energia limpa e renovável. Desde o início de suas operações, em 1984, já produziu mais de 3 bilhões de megawatts-hora.

A Itaipu tem como missão empresarial gerar energia elétrica de qualidade com responsabilidade social e ambiental, contribuindo para o desenvolvimento sustentável no Brasil e no Paraguai. Mais do que uma usina, Itaipu é um agente de transformação, com ações que integram sustentabilidade, inovação e compromisso com as pessoas.