
Desde aprender a selecionar entre alimentos industrializados e naturais, adquirir a paciência para comer só depois de pagar, esperar na fila, até visualizar as quantidades na vida real: pegar 7 limões, escolher só 1 doce, verificar o preço e se o dinheiro é suficiente. d6e2m
Estas experiências no supermercado, por exemplo, é uma maneira de levar nossos filhos ao aprendizado do dia a dia das famílias. Alguns pais evitam levar criança ao mercado, com receio das famosas birras, e acabam perdendo oportunidades de aprendizado que só esse ambiente traz.
O mesmo vale para cozinhar junto com os pais: em vez de evitar a “bagunça”, pense nisso como uma forma de compartilhar afeto e tempo juntos!
Todos esses ensinamentos são testados na prática pela pedagoga e mestre em Educação Marianna Canova, que leva um grupo de 30 alunos na faixa dos 5 anos de idade, todo ano, para essa vivência tão rica. Na prática pedagógica, as professoras que acompanham suas turmas orientam na escolha do que os pequenos irão comprar com sua cédula de R$ 20.
“Hoje, muitas crianças nem sabem o que é dinheiro, e esse contato com o mundo real é muito importante. Tudo é pedagógico e tudo é material útil para aprendizagem. Dentro de um supermercado, isso vai desde o catálogo de alimentos na entrada até a nota fiscal da compra”, pontua Marianna, que também é diretora do Peixinho Dourado Berçário e Educação Infantil.
Na visita realizada em maio, a turma de Infantil 5 da escola correu para a gôndola dos doces, mas logo descobriu que é preciso selecionar bem e abrir mão de algumas coisas para ficar dentro do orçamento. Afinal, o objetivo era comprar ingredientes para fazer juntos um bolo de laranja. Com a verba pessoal, cada um podia escolher um alimento natural e outro industrializado.
Gabriela Ribas, de 5 anos, aproveitou a visita ao supermercado para comprar balas, mas fez questão também de escolher uma fruta, “porque é saudável”.
“Pelas comodidades virtuais que temos hoje, muitas vezes optamos pela compra virtual, ou ir ao mercado sem as crianças para facilitar e apressar o processo. No entanto, levar a criança ao mercado é permitir que ela desenvolva habilidades fundamentais para a vida”, salienta a pedagoga.
Cozinhar juntos é prova de amor 28394p
Com os ingredientes em mãos, é hora de preparar alimentos junto com a família. “A cozinha é um laboratório sensorial incrível para a criança, porque quando ela faz comida com a família, trabalha com vários processos, tanto de paciência quanto de organização, e ainda precisa de habilidades sensoriais”, enfatiza Marianna. “A comida não aparece pronta na frente dela como no restaurante, ela tem que ar por um processo.”
Seja qual for a experiência do dia a dia, vivenciá-las com a família traz muito aprendizado e memórias muito importantes! Preparados?
Sobre a escola: O Peixinho Dourado acredita na educação infantil como um lugar de descobertas e foi a primeira escola de muitas gerações desde 1980. Com uma abordagem criativa, com foco nas investigações, experiências e no desenvolvimento de autonomia e relações, a escola e o berçário são referência nacional nas abordagens Reggio Emília e Pikler, respectivamente. Com sede no Alto da XV em Curitiba, recebe e acolhe crianças de 4 meses a 6 anos em um ambiente tão estimulante quanto seguro, com ateliês e espaços que incentivam o pertencimento e as descobertas. Por meio do cuidado atencioso, alimentação saudável e liberdade de transitar entre assuntos que despertam a curiosidade típica das crianças, o dia a dia no Peixinho é repleto de crescimento para todas as idades.