Treze de cada 100 motoristas curitibanos estão com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) em situação irregular. É o que revelam dados apresentados pela Guarda Municipal (GM) de Curitiba nesta semana à Câmara de Vereadores.
De acordo com o supervisor Edison Bretas Júnior, à frente do Grupo de Fiscalização de Trânsito (Gtran) da GM, Curitiba conta atualmente com 1.102.836 condutores habilitados. Desse contingente, no entanto, 149 mil estão com a CNH vencida há mais de 30 dias, suspensa ou cassada.
“Isso representa 13% do total”, informou Bretas aos parlamentares. O supervisor da GM destacou ainda que essa situação reflete diretamente nas ocorrências. “Só na Linha Verde, em acidentes que atendemos, encontramos 39 condutores sem habilitação”, alertou.
Deste universo de condutores, 741 mil têm CNH tipo B (carros até 8 lugares), 242 mil tipo AB (carro e moto), 23 mil AD (vans, micro-ônibus e ônibus) e 18 mil D (acima de 3,5 toneladas). Olhando para o perfil dos motoristas curitibanos, a maioria é homem (55,9%). A faixa etária com mais motoristas é a superior aos 50 anos de idade (399 mil), seguida por 40 a 50 anos (278 mil), 33 a 39 (178 mil), 26 a 32 (153 mil) e de 18 a 25 (92 mil).
Curitiba tem quase um veículo para cada habitante i3645
Trazendo dados obtidos com o Departamento Estadual de Trânsito (Detran-PR), o guarda municipal Bretas Júnior chamou a atenção para o fato de Curitiba possuir, atualmente, uma frota registrada de 1,6 milhão de veículos, número que se aproxima do total de habitantes, estimado em 1,8 milhão. Mais da metade são automóveis, com 1,013 milhão de carros registrados junto ao Detran-PR, depois vêm as motocicletas (209 mil), caminhonetes (122 mil), camionetas (99 mil) e os caminhões (40 mil).
“Só que, no horário comercial, o número de veículos circulando na cidade chega a 5 milhões, considerando quem vem de fora. É quase três vezes a nossa frota registrada”, destacou Bretas Júnior. A quantidade elevada de veículos agrava os desafios para a segurança no trânsito, na opinião do supervisor do Grupo de Fiscalização de Trânsito. “É evidente que isso contribui para um trânsito mais conturbado e, consequentemente, para mais sinistros”, acrescentou.