PIB do Brasil bate recorde com agro e serviços em alta 3z158

Com isso, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil atinge níveis inéditos e consolida a recuperação econômica iniciada no pós-pandemia s4b11

Redação Bem Paraná com Agência Brasil
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CNA/Wenderson Araujo/Trilux

O PIB do Brasil atingiu um novo recorde no primeiro trimestre de 2025, com crescimento de 1,4% em relação ao trimestre anterior. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), essa é a 14ª alta consecutiva do PIB brasileiro, que vem registrando expansão desde o final de 2021.

Esse desempenho foi impulsionado principalmente pela agropecuária, que cresceu 12,2% no período, e pelos serviços, que seguem em trajetória ascendente — com alta de 0,3% e já acumulam 15 trimestres seguidos de crescimento. Com isso, o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil atinge níveis inéditos e consolida a recuperação econômica iniciada no pós-pandemia.

A pesquisadora Rebeca Palis, do IBGE, aponta que o crescimento do PIB foi favorecido por boas condições climáticas e pelo calendário das principais colheitas, como soja e milho. “A soja, que é nossa principal lavoura, está concentrada no primeiro semestre e tem registrado uma colheita muito forte neste ano”, diz.

Do lado da demanda, todos os componentes também cresceram: o consumo das famílias subiu 1%, os investimentos (formação bruta de capital fixo) avançaram 3,1%, as exportações cresceram 2,9% e o consumo do governo teve leve alta de 0,1%.

Apesar do desempenho positivo do PIB do Brasil, a indústria segue como o setor mais fragilizado. Com retração de 0,1% no trimestre, ela está 4,7% abaixo do pico registrado em 2013. Os investimentos também seguem abaixo do nível histórico, com 6,7% de defasagem em relação ao auge do segundo trimestre de 2013.

Segundo Rebeca Palis, a alta da taxa básica de juros (Selic) tem pesado sobre setores como construção civil e indústria de transformação. Ainda assim, ela destaca que fatores como o mercado de trabalho aquecido, programas sociais e crescimento do crédito têm sustentado o consumo das famílias, mesmo em um ambiente de política monetária restritiva.