Sistema de GNV (Rovena Rosa/ABr)

Uma explosão durante o abastecimento de um carro com Gás Natural Veicular (GNV) em um posto de combustíveis na Praça da Cruz Vermelha, no Centro do Rio de Janeiro, causou a morte de um motorista e deixou um frentista gravemente ferido. O acidente ocorreu na madrugada deste sábado (7). 6k426z

A vítima fatal foi identificada como Guaraci Ferreira R. Costa, de 64 anos. O frentista Paulo B. dos Santos, de 61 anos, também foi atingido pela explosão e permanece internado em estado grave.

Diante da gravidade do caso, o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) reforçou a importância do cumprimento rigoroso das normas técnicas relacionadas ao uso do GNV. Em nota, as áreas técnicas de Acreditação (Cgcre) e Avaliação da Conformidade (Dconf) do instituto destacaram que a observância completa das portarias e regulamentos é fundamental para garantir a segurança do sistema.

O Inmetro mantém um conjunto de regulamentações obrigatórias que tratam desde a certificação de componentes dos sistemas de GNV, até a atuação de instaladores registrados e organismos de inspeção acreditados, que realizam vistorias iniciais e periódicas.

O instituto também alerta para a necessidade de requalificação dos cilindros de GNV a cada cinco anos – ou antes, caso apresentem sinais de desgaste ou falha –, garantindo que continuem aptos para o uso seguro.

Além do risco as vidas, a não realização das inspeções de segurança veicular, podem resultar em infrações graves previstas no Código de Trânsito Brasileiro (CTB), com aplicação de multa, pontos nas carteiras de motorista e até retenção dos veículos. A inspeção deve ser realizada por Organismos de Inspeção Acreditados (OIA) pelo Inmetro, responsáveis por verificar se os veículos movidos à GNV estão em conformidade com os requisitos técnicos e legais pertinentes, complementou o coordenador da Cgcre.

É importante que os usuários do seguimento de GNV saibam que, após as instalações e/ou requalificações, é obrigatória a emissão do Certificado de Segurança Veicular (CSV), documento exigido pela Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran) para circulação legal (licenciamento) dos veículos.

Entre os principais riscos do uso irregular estão

– explosões durante o abastecimento, com possibilidade de destruição total dos veículos e risco à vida dos seus ocupantes/outras pessoas;

– vazamentos de gás, especialmente no interior dos veículos, com potencial de causar intoxicação ou asfixia;

– incêndios provocados por falhas técnicas nos cilindros ou em componentes mal instalados; e

– perdas patrimoniais.

Diante disso, o Inmetro reforça a orientação para que os motoristas procurem instaladores registrados e cumpram rigorosamente o calendário das inspeções de segurança veicular. Se todas essas regras forem devidamente observadas, podemos afirmar que o uso do GNV é plenamente seguro.