Campanha de vacinação febre aftosa. Campo Largo, 09/05/2019 Foto:Jaelson Lucas / ANPr

O Brasil foi declarado com área livre da febre aftosa sem vacinação do rebanho. O status sanitário foi aprovado pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA) e divulgado nesta manhã de quinta, 29. O novo status sanitário foi aprovado durante a realização da 92ª Assembleia da (OMSA – ou WOAH na sigla em inglês), que ocorre de 25 a 29 de maio, em Paris, na França. 6h695m

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A Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), entidade que representa frigoríficos de carne bovina, considera a declaração de livre da febre aftosa, sem vacinação, um feito histórico para a pecuária e o rebanho brasileiro.

A entidade pontua esse status como fruto do trabalho técnico do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA). Coube à pasta a coordenação nacional de todas as etapas do processo, os serviços de defesa agropecuária dos governos estaduais, as instituições de pesquisas, as indústrias frigoríficas, as indústrias de medicamentos veterinários e os fornecedores de insumos e as entidades da sociedade civil.

Com afastamento dessa doença da pecuária brasileira, os produtores irão oferecer ao Brasil alimentos de qualidade e, futuramente, poderão alcançar a liderança nas exportações mundiais de carne bovina.

É importante ressaltar que o trabalho não se encerra aqui. O novo status traz também novos desafios e responsabilidades para todos os atores envolvidos, com vistas a manter o rebanho em condições sanitárias adequadas e a fortalecer cada vez mais o papel do País como grande produtor e fornecedor de alimentos de origem animal para o Brasil e o mundo,

diz em nota a Abrafrigo.

O que é febre aftosa? t91x

A entidade ressalta que essa é a primeira vez que o Brasil alcança essa condição de excelência em seus controles sanitários, erradicando do seu território o vírus da febre aftosa. Essa é uma doença infecciosa aguda que causa febre, seguida do aparecimento de vesículas (aftas), principalmente, na boca e nos pés de animais de casco fendido, como bovinos, búfalos, caprinos, ovinos e suínos, conforme informações do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA)

Conquista histórica para a pecuária 2k14d

O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, avaliou que o reconhecimento internacional do País como livre de febre aftosa sem vacinação é uma conquista histórica para os produtores rurais e para todos os brasileiros.

Para a CNA, é fruto de um esforço conjunto de anos entre o Estado e o setor privado e de ações coordenadas para a retirada gradual da vacina, de acordo com o Plano Estratégico do Programa Nacional de Vigilância para a Febre Aftosa (PNEFA).

O processo de retirada da vacinação foi conduzido de forma segura, com base na evolução dos estados com relação ao cumprimento de requisitos mínimos. Durante os cerca de dez anos de execução do PNEFA foram realizados estudos soroepidemiológicos que apontaram para a não circulação do vírus no país.

A realização desses estudos é condição obrigatória para a solicitação de reconhecimento de zona livre de febre aftosa sem vacinação junto à Organização Mundial da Saúde Animal.

Segundo João Martins, o novo status sanitário é resultado de uma campanha de anos e de um esforço conjunto que envolveu os pecuaristas, as Federações, sindicatos, os Estados, governos e políticas públicas voltadas para a erradicação da doença no rebanho em todo o território nacional.

“O anúncio feito hoje, de Brasil livre de aftosa sem vacinação, é um reconhecimento desse esforço, uma grande conquista. Mais do que nunca, o Brasil pode vender carne, um produto de altíssima qualidade, para qualquer país do mundo.”

Apesar de retirar a vacina, o Brasil continuará com as ações de vigilância e controle sanitário do rebanho. Para a CNA, é fundamental o papel dos pecuaristas e seus colaboradores, que estão na linha de frente e têm a responsabilidade de notificar o Serviço Veterinário Oficial (SVO).

O que isso representa? 2v1w

  • o a mercados mais exigentes,
  • Valorização da carne bovina brasileira,
  • Redução de custos públicos e privados com a vacinação do rebanho,
  • Fortalecimento da imagem sanitária do Brasil,
  • Estímulo à identificação individual e vigilância mais eficaz,
  • Maior sustentabilidade no sistema de produção e i
  • Incremento no valor agregado da cadeia do agronegócio

Fonte: CNA