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(Foto: Reprodução/YouTube)

A deputada estadual Márcia Huçulak (PSD), que foi secretária da Saúde do município de Curitiba durante o período da pandemia de Covid-19, assumiu uma missão que nem ela mais acreditava que precisaria assumir: lutar contra a desinformação a respeito das vacinas, sobretudo a vacina contra a Covid, dentro da própria Assembleia Legislativa. Toda semana tem pelo menos um discurso de deputado falando contra a vacina da Covid, ora com dados sobre supostas mortes de jovens pelos efeitos do imunizante, ora com campanhas contra a obrigatoriedade de vacinação das crianças pelos pais. 5oj6x

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Em entrevista ao Bem na Pauta, no Estúdio Bem Paraná, Márcia Huçulak rebateu ponto a ponto as críticas desses colegas em relação à vacina. “Ela é experimental, porque as tecnologias que foram usadas, com RNA, são tecnologias que já eram desenvolvidas pela ciência há mais de 15 anos, só que não tinham sido aplicadas em massa. Por isso que chama de experimental. Mas nenhuma vacina é aplicada, nenhum órgão regulador em qualquer país do mundo deixaria aplicar uma vacina que não fosse, primeiro eficaz, e também segura”, explicou.

E as alegadas mortes de pessoas que um dos deputados cita? “A pessoa ia infartar. ‘Ah, infartei porque eu tomei a vacina.’ Feito todo um histórico da pessoa, dos exames, o cardiologista, endocrinologista, infectologista, a pessoa já tinha um quadro grave, é uma coincidência temporal. Ela ia infartar tomando vacina ou não tomando vacina, por conta da condição da obstrução coronariana, o colesterol alto, já tinha vários fatores, diabetes, hipertensão, fatores que levariam a isso”.

Márcia Huçulak fala também sobre a alegada liberdade de escolha dos pais em aplicar ou não a vacina da Covid. “Eu digo que a liberdade é a mesma coisa que o sinal de trânsito. Por que a gente tem sinal de trânsito? Cada um faz o que quer? Hoje é obrigatório o cinto de segurança. A vacina é o nosso cinto de segurança’, compara ela.

“Nós podemos entrar numa discussão sobre a liberdade, até onde ela vai, porque nós estamos comprometendo as próximas gerações, nós estamos vendo a volta do sarampo, nós estamos sob risco de ter paralisia infantil novamente. Eu não quero que ninguém, nenhuma criança, desenvolva uma doença que vai deixá-la sequelada (quando não morre) por uma questão de discutir liberdades, porque tem uma negação da ciência”, afirma. Confira a entrevista completa nos links abaixo.

Entrevista com Márcia Huçulak no YouTube 1m7269

Entrevista com Márcia Huçulak no Spotify 355fm

Ficha técnica

Coordenação e produção: Josianne Ritz

Apresentação e produção: Martha Feldens

Operação e edição: Luísa Mainardes