Marquinhos vê ambições renovadas com Ancelotti na seleção e usa PSG como referência 2t1g2s

Por Marcos Antomil, do Estadão Conteúdo
Treino da seleção brasileira: Marquinhos

Treino da seleção brasileira: Marquinhos (Crédito: Divulgação/Lucas Figueiredo/CBF)

Campeão europeu no último sábado com o Paris Saint-Germain, Marquinhos ainda sofre com a voz ligeiramente rouca. Nesta terça-feira, no CT Joaquim Grava, o zagueiro explicou como foram seu primeiros contatos com o técnico Carlo Ancelotti e revelou suas expectativas para os jogos da seleção brasileira contra Equador e Paraguai pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.

“Estar aqui na seleção como campeão da Champions é muito gratificante. Estou pronto para trabalhar e ir em busca dos objetivos daqui também”, iniciou Marquinhos. “Foram dias de muita emoção, 12 anos de crença em um projeto. Conseguir esse feito da maneira como foi é verdadeiramente especial”, refletiu

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Para Marquinhos, o histórico absolutamente vencedor de Carlo Ancelotti contribui para a superação do momento de turbulência pelo qual a a seleção brasileira.

“As expectativas e ambições são as melhores possíveis. O Ancelotti já mostrou o que pode fazer. No PSG, vi que a dinâmica pode se mudar de forma muito rápida e aqui na seleção pode ser assim também. Ele já ou as ideias de jogo, sabe os jogadores que tem na mão. É um treinador muito apropriado para reverter este momento que vivemos”, disse o zagueiro.

Eliminatórias 702730

Em quarto lugar nas Eliminatórias, com 21 pontos, o Brasil ainda não conseguirá a classificação para a Copa em Guayaquil na quinta-feira, às 20h. O aporte, porém, pode ser carimbado no dia 10, terça, às 21h45, no duelo com a seleção paraguaia na Neo Química Arena.

“A gente quer dar essa resposta imediata, mas não controlamos tudo. Primeiramente, precisamos nos classificar para a Copa. Vamos buscar fazer um grande jogo contra o Equador. Pedimos tranquilidade e paciência com o nosso treinador. As coisas vão dar certo. Na seleção, temos de lutar na ponta sempre por títulos”, afirmou Marquinhos.

Experiência w4m36

Um dos assuntos da coletiva foi como a mescla de jovens e experientes e uma seleção mais voltada para aspectos coletivos pode trazer melhores resultados. No PSG, sem as grandes estrelas Mbappé, Neymar e Messi, finalmente veio o título da Champions. A seleção, dessa vez, não conta com Neymar e Rodrygo. Na opinião de Marquinhos, não há uma receita exata para o título, mas os troféus são conquistados com mais facilidade quando todo o elenco age em favor do objetivo comum.

“Quando se ganha um título, surgem as reflexões. Os jogadores do PSG e da seleção são abertos ao coletivo, mesmo sendo grandes estrelas. O Luis Enrique gostaria de ter atletas como Mbappé, mas ele saiu do PSG, e o técnico trabalhou de outra forma. O Ancelotti terá de fazer o mesmo aqui. E vai colocar tudo o que o jogador pode render em prol do time. O PSG é uma demonstração de doação para ser campeão. Os jogadores aqui, apesar dos resultados ruins, também se entregam pela seleção. Se tudo ornar dentro de uma ideia tática e filosófica, o coletivo flui e as individualidades se sobressaem. Quem está bem e tem personalidade tem de vir para a seleção. É o papel do nosso treinador. É ter sabedoria para fazer escolhas, independentemente da idade dos jogadores. Não há fórmula secreta para ser campeão. Essa é a mágica do futebol”, apontou o zagueiro.

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Marquinhos ainda não sabe se será o capitão com Ancelotti, mas vê a seleção bem servida com líderes dentro de campo. O zagueiro ainda não teve contato particular com o italiano, mas já enxerga uma energia renovada e espera ânimo diferente da torcida.

“Ainda não conversei particularmente com o Ancelotti. Mas a ideia é deixar o ambiente confortável para fazermos um excelente trabalho. A importante termos uma ideia clara do que ele quer para a seleção. Com o ar dos jogos, haverá correções certamente. O principal é o Ancelotti conhecer bem todos os jogadores. Depois disso, o trabalho vai se aperfeiçoando a cada treino e partida para estarmos prontos para a Copa do Mundo”, concluiu.