Qual o melhor queijo do Paraná? Veja o resultado da premiação 6umi

Prêmio Queijos do Paraná condecora 65 produtos de excelência. No total, 477 produtos participaram da disputa. Iniciativa também incluiu um concurso voltado a eleger as melhores muçarelas para pizza j4i24

Redação Bem Paraná, com assessoria de imprensa
Prêmio Queijos do Paraná

Prêmio Queijos do Paraná (Crédito: Divulgação/Sistema FAEP)

A excelência e a qualidade dos queijos produzidos no Estado, mais uma vez, foram reconhecidas e colocadas em evidência. Em sua segunda edição, o Prêmio Queijos do Paraná se encerrou, na noite desta sexta-feira (30), com a condecoração de 65 derivados lácteos.

No total, 15 queijos conquistaram medalha de ouro, 20 levaram a prata e 30 ficaram com o bronze (veja a lista abaixo). Além disso, entre os medalhistas de ouro, o júri selecionou dez produtos, que foram condecorados com medalha super ouro. A premiação foi realizada no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba.

O queijo Parmesão Gold, produzido pela Frimesa Cooperativa Central, de Marechal Cândido Rondon, Oeste do Paraná, recebeu a maior pontuação dos jurados, sagrando-se o melhor produto do Prêmio Queijos do Paraná. Além disso, esta edição trouxe como novidade o Concurso Excelência em Muçarela – Edição Pizza, que elegeu os cinco melhores produtos para esta aplicação gastronômica.

Vencedores do Prêmio Queijos do Paraná (Crédito: Divulgação/Sistema FAEP)
Vencedores do Prêmio Queijos do Paraná (Crédito: Divulgação/Sistema FAEP)
Vencedores do Prêmio Queijos do Paraná (Crédito: Divulgação/Sistema FAEP)
Vencedores do Prêmio Queijos do Paraná (Crédito: Divulgação/Sistema FAEP)
Vencedores do Prêmio Queijos do Paraná (Crédito: Divulgação/Sistema FAEP)

Julgamento e premiação 1p141

Palmeira, nos Campos Gerais, foi o município com o maior número de medalhas super ouro: três, no total. Entre elas, duas foram conquistadas por queijos produzidos pela Cooperativa Witmarsum. O município de Marechal Cândido Rondon, no Oeste do Paraná, teve dois medalhistas super ouro, de queijeiros diferentes. Os outros super ouro foram para Cantagalo, Chopinzinho (ambos no Centro Sul), Diamante D’Oeste, Palotina (ambos no Oeste) e Ivaiporã (Norte).

Os medalhistas poderão utilizar em suas embalagens o selo da premiação, agregando valor ao produto. Todos os concorrentes receberão um relatório com apontamentos técnicos, detalhando os pontos fortes do produto e aspectos que podem ser melhorados.

515 inscritos 56w69

Batendo o recorde da primeira edição, o Prêmio Queijos do Paraná teve 515 produtos inscritos, dos quais 477 foram habilitados a participar, concorrendo em 21 categorias. Os queijos participantes foram produzidos por um total de 108 queijeiros e/ou laticínios, de 76 municípios paranaenses. O júri do concurso formado por 81 integrantes levou em conta critérios técnicos e sensoriais pré-estabelecidos.

Ao longo da avaliação, cada queijo recebeu pontos de 0 a 20. Os que obtiverem 18 pontos ou mais foram agraciados com medalha de ouro. Quem fez entre 16 e 18 pontos, recebeu a medalha de prata. O bronze ficou para os que atingiram pontuação entre 14 e 16.

Selecionados entre os 15 medalhistas de ouro, os queijos agraciados com o super ouro participaram de uma nova rodada, realizada no auditório do MON. Previamente, foram selecionados dez super jurados, cada um responsável por defender um dos super ouro. Em seguida, cada produto – um por vez – foi degustado e avaliado pelos integrantes do júri, que expunham suas notas na hora, em plaquinhas. O de maior nota – o Parmesão Gold – foi eleito o melhor produto do Prêmio Queijos do Paraná.

Comitê 1x6o6

O Prêmio Queijos do Paraná é realizado por um comitê-gestor formado pelo Sistema FAEP, Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Sebrae-PR, Sistema Fecomércio-PR e Sindileite-PR. O objetivo da iniciativa é dar visibilidade aos queijos produzidos no Paraná, colocando-os em posição de destaque, valorizando a cadeia produtiva como um todo. Esse aspecto foi um dos pontos destacados pelo presidente interino do Sistema FAEP, Ágide Eduardo Meneguette, em seu discurso, antes da premiação.

“O Prêmio Queijos do Paraná é mais do que uma competição. É um movimento de valorização da cadeia produtiva dos lácteos paranaenses, que aproxima os produtores da excelência, dos consumidores e dos mercados”, disse Meneguette. “E, é claro, deixo meus parabéns aos vencedores! Que esse reconhecimento seja mais um incentivo para continuar inovando, aprendendo e levando o nome do Paraná cada vez mais longe”, concluiu.

Idealizador do prêmio e consultor do Sistema FAEP, Ronei Volpi destacou a evolução em relação à primeira edição. Ele mencionou que dar visibilidade à excelência dos queijos produzidos no Paraná, a iniciativa valoriza toda a cadeia produtiva. Volpi também destacou a importância da união das entidades que integram o comitê-gestor do prêmio e de seus apoiadores.

“O Paraná é uma terra de produtores apaixonados, que respeitam a tradição, investem em inovação e transformam o leite no nosso orgulho. O prêmio é um esforço coletivo para valorizar o setor e seu sucesso só foi possível graças ao envolvimento de produtores de diferentes perfis, de pequenas propriedades a modernas indústrias. Ambos mostraram que é possível envolver técnica, sabor, segurança alimentar e identidade” definiu.

O presidente-executivo do Sindileite-PR, Wilson Thiesen, lembrou que em 2025 a primeira indústria de leite do Paraná completa 100 anos. Hoje, são 242 laticínios paranaenses em operação, fazendo com que o Estado seja o segundo em produção de leite. Ele enfatizou a importância da atividade para a economia paranaense.

“Podemos dizer com toda certeza que o leite se expandiu e está nos 399 municípios do Paraná, gerando riqueza e bem-estar social. Somos o segundo maior produtor de leite do Brasil, com 13% da produção nacional, embora tenhamos menos de 6% da população brasileira. Temos que disputar o mercado nacional. Mas somos o primeiro em qualidade e disso não abrimos mão. Viva os queijos do Paraná”, disse.

O diretor-superintendente do Sebrae-PR, Vitor Roberto Tioqueta, lembrou o papel da entidade no desenvolvimento da cadeia produtiva e na qualidade dos produtos paranaenses. Ele também enalteceu a participação dos produtores e a excelência com que conduzem seus negócios no dia a dia.

“Mais do que parabenizar os premiados, quero reconhecer todos os participantes, pela dedicação com que cumprem sua missão de transformar leite em queijo, atividade tão importante para o Paraná. O Sebrae-PR tem trabalhado em mais de 350 propriedades do Paraná, em projetos dentro da cadeia do leite, desde a qualificação da gestão até design de rótulos e desenvolvimento da marca”, apontou.

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Representando a Fecomércio-PR, o diretor do Senac-PR, Sidnei Lopes, destacou o volume de participações desta edição, o que contribuiu de forma decisiva para colocar os queijos produzidos no Paraná em local de destaque. Ele agradeceu ao convite para que a entidade fizesse parte do comitê gestor do Prêmio Queijos do Paraná, dando ainda mais força à iniciativa.

“Toda essa união faz com que a produção de leite e de queijos do nosso Estado tenham tanto destaque. Nós precisamos que isso seja reconhecido cada vez mais, por isso esse prêmio é tão importante. Meus parabéns aos produtores e leite e queijo do Paraná”, resaltou Lopes.

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Representando o IDR-Paraná, o diretor de extensão rural da entidade, Diniz Dias Doliveira, avalia que o prêmio é resultado de uma série de esforços que são feitos em campo. Ele mencionou a participação do IDR-Paraná na capacitação de mais de 300 agroindústrias do Estado, com foco na produção de leite de qualidade e na transformação da matéria prima.

“Desenvolvemos todo um protocolo para os produtores saírem do modelo artesanal, às vezes empírico, e chegar a um padrão de excelência. Esse prêmio é o coroamento de um trabalho que precisa ir cada vez mais longe. É um trabalho que tem impacto, inclusive, para a cadeia do agroturismo, com as rotas do queijo”, exemplificou.

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Representando a Assembleia Legislativa do Paraná, o deputado estadual Anibelli Neto rendeu homenagens a Ronei Volpi e ao presidente do Sistema FAEP, Ágide Meneguette, por terem tido a iniciativa de realizar o prêmio, conclamando outras entidades a se unirem à causa. Ele também destacou a visibilidade dada aos produtos paranaenses.

“É um evento que nos enche de esperança e alegria, que nos dá a certeza de que estamos no caminho certo. É uma inciativa em que os produtores podem mostrar seus queijos, se conhecendo, trocando experiências e informações. Temos a alegria de valorizar essa conquista. Que tenhamos muitos mais eventos como este”, discursou.

Por sua vez, o senador Sergio Moro fez coro à máxima relevância do prêmio em divulgar e valorizar a produção paranaense. O parlamentar também mencionou o trabalho que tem feito no Congresso Nacional em defesa do setor agropecuário, em um momento que classificou como muito difícil.

“Esse tipo de premiação é importante para o produtor e para divulgar nosso produto não só no Estado, mas no restante do país. Somos os melhores. Que Minas Gerais fique com o destaque no setor do aço”, brincou. “Quero enviar um cumprimento especial aos 108 produtores, de 76 municípios que enviaram os queijos”, acrescentou.

Representando o governo do Paraná, o secretário de Estado da Fazenda, Norberto Ortigara, lembrou da evolução da cadeia produtiva do leite ao longo das décadas, com investimentos na estruturação de todos os elos da atividade, dentro e fora da porteira. Ao mencionar o volume da produção paranaense, o secretário deu ênfase à necessidade de os produtores paranaenses, cada vez mais, conquistar outros mercados.

“Estamos em um movimento importante de qualificação e de oportunidade. Precisamos tirar leite daqui [do Paraná]. E não é leite fluido. São derivados, competindo com quem produza queijos de qualidade no mundo. Por isso eu parabenizo esse movimento de reconhecimento. Precisamos continuar nesse esforço de valorização, fomento a qualidade, de um queijo feito na cozinha a uma agroindústria”, disse.

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Pela primeira vez, o Prêmio Queijos do Paraná foi realizado ao longo de dois dias, ao longo dos quais realizou-se uma série de ações voltadas ao fortalecimento desta cadeia produtiva. A programação incluiu minicursos e palestras gratuitos, desde temas voltados a produtores de leite até assuntos de interesse do mercado consumidor. Entre os palestrantes estiveram a premiada chef Manu Buffara e o chef Rui Morshel, referência em cultura gastronômica paranaense.

Além disso, a iniciativa promoveu minicursos que enfatizaram receitas com queijos, como strudel com queijo colonial e croquete de cracóvia com queijos paranaenses – ambos, ministrados pelos chefs Débora Borba e Paulo Bedin. Também houve títulos de harmonização de queijos com cervejas, vinhos e cafés especiais. Outros minicursos contemplaram opções como pizza, fonduta de queijo com cubinhos de frango e aligot de queijo acompanhado de cordeiro.