
No biênio 2023/2024, o Projeto Mapear, da Polícia Rodoviária Federal (PRF), identificou 1.874 pontos vulneráveis à exploração sexual infantil em estradas federais que cortam o Paraná. Destes, 117 pontos foram classificados como críticos (6,2%), 354 pontos foram classificados como de alto risco (18,9%), 726 como de médio risco (38,7%) e 677 como de baixo risco (36,1%).Leia mais: 4d1c3p
Rodovias de maior risco à infância no Paraná 4l4a9
As estradas com mais pontos vulneráveis no estado são as BRs 277 (284 locais), 376 (242), 369 (186), 116 (132) e 373. Já os municípios com mais lugares identificados como de risco são Ponta Grossa (60), São José dos Pinhais (51), Foz do Iguaçu (50), Curitiba (39) Guarapuava (39) e Prudentópolis (39).
Além disso, postos de combustíveis (487 pontos), pontos de alimentação (193), bares (156), pontos de hospedagem (144) e casas de show (118) são os tipos de estabelecimento mais identificados como pontos vulneráveis.
Maio Laranja contra o abuso e exploração sexual infantil 5ce2e
O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual Infantil, celebrado em 18 de maio, alerta para a importância de proteger crianças e adolescentes. A data reforça a necessidade de denúncia e de ações preventivas para enfrentar esse grave problema social, e faz parte do Maio Laranja.
De acordo com o Fórum Nacional de Segurança Pública, a cada seis minutos acontece um estupro no Brasil. E em mais de 80% dos casos as vítimas são meninas, a maioria negra. São casos que machucam não só o corpo, mas a alma, roubando a inocência e o futuro das vítimas.
Uma criança ou adolescente é vítima no Paraná por hora 4b1nd
A cada uma hora e sete minutos que se a, uma criança ou adolescente é vítima de um crime sexual no Paraná. Pelo menos assim foi no ano ado, período no qual 7.890 casos de violência sexual contra menores foram registrados no estado, segundo dados da Secretaria da Segurança Pública (Sesp) levantados com exclusividade pelo Bem Paraná. Em todo o país, a campanha do Maio Laranja busca conscientizar sobre o combate ao abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.
Sempre de acordo com os dados oficiais, ao longo dos últimos cinco anos (2020 a 2024) um total de 34.391 casos de violência sexual contra jovens paranaenses foram registrados. Dentro desse escopo estão crimes como estupro, violência sexual mediante fraude, importunação sexual, assédio sexual, favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente e crimes relacionados à pornografia infantil.
Na comparação dos dados de 2024 com 2023, verifica-se uma redução de 0,52% nos registros, que aram de 7.931 ocorrências num ano para 7.890 no outro. Por outro lado, se o comparativo for com 2020, nota-se um aumento expressivo, de 46,2%, nas ocorrências, que aram de 5.396 para 7.890. Se for observar pelo lado positivo, isso pode ser um indicativo de que esse tipo de violência está sendo mais denunciado, reprimido.
Entre os municípios paranaenses, Curitiba é quem teve o maior número de casos em 2024, com 771. Na sequência aparecem Londrina (312), Ponta Grossa (298), Cascavel (213) e Colombo (203).
Como prevenir à exploração sexual infantil 1q3l3f
A atenção, o diálogo e a denúncia são formas de proteção a meninos e meninas, destaca a Polícia Civil do Paraná (PR). A violência, por sua vez, pode se manifestar de maneiras diversas, sendo física, emocional, sexual ou por negligência e, muitas vezes, os sinais am despercebidos até por quem convive diariamente com a vítima.
Segundo o delegado Rodrigo Rederde, pais, professores e profissionais da saúde devem observar com atenção mudanças no comportamento. Queda no rendimento escolar, isolamento, agressividade, medo sem motivo aparente, retorno a comportamentos infantis (como urinar na cama) ou até mesmo um interesse precoce por temas ligados à sexualidade podem indicar que algo está errado.
No caso de adolescentes, o ambiente virtual também requer atenção redobrada. Jogos online, redes sociais e aplicativos de mensagens podem ser usados por agressores para praticar violência psicológica ou sexual. “É essencial que os pais conheçam e acompanhem o uso dessas plataformas”, orienta o delegado.
Ao suspeitar de qualquer forma de violência, o primeiro o é registrar um boletim de ocorrência. No Paraná, isso pode ser feito em qualquer delegacia. Além disso, a denúncia pode ser feita anonimamente pelo 181, do Disque-Denúncia, ou pelo 197, da PR, garantindo o sigilo e a segurança do denunciante.“