
O tema “bebê reborn”, que vem ganhando espaços também nos legislativos Brasil afora, teve destaque também na Câmara de Curitiba na manhã desta segunda-feira (19). Os vereadores Renan Ceschin (Podemos), Sargento Tânia Guerreiro (União Brasil) e Sidnei Toaldo (PRD) foram à tribuna para falar sobre o assunto. Sidnei Toaldo, que está completando 56 anos, brincou: “Ainda bem que eu não era um bebê reborn”.
Renan Ceschin apresentou na Câmara de Curitiba projeto de lei para restringir o o de pessoas que usam os bonecos bebê reborn em busca de atendimento em locais de saúde, bancos preferenciais em ônibus, e estacionamentos preferenciais na cidade, por exemplo. O projeto prevê penalidades para quem usar os bonecos para obter alguma preferência. O vereador disse que entende quem precise dos bonecos para enfrentar um luto, mas que nem isso daria o direito a essa pessoa de ter alguma preferência em relação às pessoas. Irritado, o vereador chegou a sugerir que as pessoas que se apegam a esses bonecos não devem mesmo ter seus próprios filhos.
“Eu me sinto até constrangido de estar levantando esse assunto aqui, porque parece loucura. Mas infelizmente está acontecendo. Meu filho está no hospital e as enfermeiras comentam: tem gente levando bebê reborn para ser atendido no hospital, disse ele. Ceschin reforçou que “é um boneco, não é um bebê. É um boneco de silicone, com preço de iPhone”. Segundo o vereador, há situações em que o atendimento para esses bebês reborn acaba atrapalhando os profissionais de saúde, que deixam de fazer um atendimento a uma pessoa que de fato está precisando de atendimento.
Sargento Tânia Guerreiro usou o pequeno expediente para falar sobre uma corrida que houve neste domingo (18) em alusão à luta contra a pedofilia, cobrou mais engajamento nessa luta e atacou: “Ficam com essas porcarias desses bebês reborn aí. Vão se tratar, arrumar um psiquiatra. Vão arrumar o que fazer, um lugar pra carpir”, disse a vereadora. “Tanta criança precisando ser adotada e ficam com essas bonecas para lá e para cá”, criticou.
Leia também: Gripe aviária: pode comer frango e ovo à vontade, garante presidente da Frente Parlamentar da Agricultura